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Se você tem uma ou mais dívidas atrasadas e determinado valor guardado na poupança, deve saber que não está tomando a atitude mais inteligente para a sua saúde financeira. Na verdade, pelo contrário. Provavelmente está perdendo dinheiro.
Isso porque, a depender da origem da sua dívida, os juros pagos são bem maiores do que o lucro obtido com a poupança, que normalmente já é mínimo. Neste caso, vale a pena ponderar os prós e os contras de quitar dívidas e guardar dinheiro.
Afinal, independentemente da escolha, certamente será melhor do que continuar devendo ou confiando suas economias à caderneta de poupança. Vamos falar mais sobre isso na sequência.
As dívidas são uma realidade na maioria dos lares no Brasil. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de 2022, organizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 77,9% das famílias brasileiras se consideram endividadas. Isto é, possuem contas em aberto que não sabem como irão pagar.
Entre os pesquisados, 21,5% declaram, ainda, comprometer mais de 50% da renda mensal só com o pagamento de contas. Os motivos por trás desses números são muitos.
A começar pela alta da inflação, hoje em 13,75%, que corrói o poder de compra dos cidadãos. A guerra entre Rússia e Ucrânia e a variação do dólar são outras razões apontadas por especialistas para justificar o número recorde de endividados no país.
Em um cenário como este, é preciso ter sabedoria e conhecimento na hora de escolher qual boleto pagar primeiro. E aqui já aproveitamos para responder a sua principal dúvida: entre quitar dívidas ou guardar dinheiro, a opção mais inteligente certamente é a primeira.
Quem possui uma ou mais dívidas vencidas, na prática, paga mais juros do que obtém lucro em uma aplicação como a poupança. Na pesquisa da CNC, citada anteriormente, comprovou-se que o cartão de crédito é a principal escolha de crédito das famílias brasileiras.
Consequentemente, é também a principal causa do endividamento. Entre os pesquisados, 86,6% possuem dívidas com cartão de crédito.
Ao mesmo tempo, essa é uma das modalidades de crédito com os juros mais altos do mercado. Em dezembro de 2022, segundo o Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito alcançou o maior patamar desde o início da série estatística, em 2012. Os juros do crédito rotativo chegaram a 409,3% ao ano, uma média de 34% ao mês. Em dezembro de 2021, a média era de 347,4%.
Toda dívida, claro, é prejudicial a sua saúde financeira. Afinal, pequena ou grande, compromete parte da sua renda e, muitas vezes, é o que impossibilita que sonhos e objetivos sejam realizados. Mas existem dois conceitos importantes que vale a pena você conhecer: dívida cara e dívida saudável.
Endividamento saudável é o conceito por trás do movimento de adquirir uma dívida com consciência e planejamento. Assim, na teoria, há menos chances dessa dívida comprometer o seu orçamento doméstico e se tornar um grande problema.
Entender que uma dívida pode ser saudável é um passo fundamental para descobrir como quitar dívidas e guardar dinheiro ao mesmo tempo.
Como mencionamos anteriormente, no endividamento saudável, a chance de se ver em uma bola de neve com as contas do dia a dia é menor. Isso acontece porque, no caso da dívida saudável, as taxas de juros são menores e as condições de pagamentos mais facilitadas. Essas vantagens ficarão mais claras na comparação a seguir.
Lembra que falamos que a taxa média de juros no rotativo do cartão de crédito é uma das mais altas do mercado? Esse é um bom exemplo de dívida cara. Principalmente quando comparamos com outras modalidades de crédito, como o crédito com garantia de imóvel, por exemplo.
No CGI, também chamado home equity, a taxa de juros começa em 1,09% ao mês mais IPCA contra 34% ao mês do rotativo do cartão de crédito.
Até aqui você viu que vale mais a pena quitar dívidas a guardar dinheiro. Afinal, as taxas de juros, especialmente do cartão de crédito, são mais significativas do que o lucro que você poderia obter a partir de um investimento. Agora, se a sua renda não é suficiente para pagar todos os débitos, talvez seja interessante considerar um empréstimo mais saudável.
Uma opção inteligente para pagar dívidas é a linha de crédito com garantia de imóvel.
Como o próprio nome sugere, nesta modalidade de empréstimo, você dá o seu imóvel ou de terceiros como garantia. Por isso, a instituição financeira consegue oferecer parcelas e condições de pagamento muito mais atrativas. Além da taxa de juros a partir de 1,09% ao mês mais IPCA, você tem até 20 anos para quitar o empréstimo. Com mais tempo para pagar, as parcelas não pesam tanto no bolso.
A linha de crédito com garantia de imóvel é uma exclusividade do Banco Bari. Com ela, você consegue empréstimos a partir de R$ 30 mil e pode usar o valor como quiser. Mas o grande diferencial dessa modalidade é que, diferente de um empréstimo convencional, você tem até cinco anos para usar o valor liberado pelo banco.
Você decide se usa todo o montante liberado de uma só vez ou pega parte dele e fica com um crédito liberado para usar quando achar conveniente. De toda forma, os juros somados às parcelas serão calculados apenas sobre a quantia que for efetivamente usada.
Ao contratar um empréstimo como a linha de crédito com garantia de imóvel, você consegue trocar todas as dívidas que têm tirado o seu sono por uma mais saudável e fácil de assumir. Com isso, pode até sobrar algum valor para investir. E se este for o seu caso, considere os títulos de renda fixa, preferencialmente aqueles atrelados à taxa DI (CDI), que acompanha a variação da taxa Selic, a taxa básica de juros do Brasil.
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Continue a leitura: Onde investir meu dinheiro? Guia do investidor iniciante
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