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Em momentos de crise, como a que vivemos atualmente, as oscilações inflacionárias e das taxas básicas de juros tendem a ser intensas, o que torna ainda mais necessário que investidores busquem proteger seus patrimônios.
Acompanhar esses altos e baixos do mercado financeiro não é nada fácil. Fazer isso com os próprios investimentos é um desafio ainda maior. Uma das maneiras de diminuir os impactos dessas oscilações nas aplicações financeiras é por meio da diversificação de investimentos.
Diversificação de investimentos ou diversificação de carteira é uma técnica que consiste em distribuir dinheiro em diversos tipos de ativos com a intenção de diluir riscos e potencializar os ganhos a médio e longo prazo.
Investir sempre envolve riscos, em maior ou menor grau dependendo do tipo de aplicação escolhida, mas sempre existe a chance de perder, nem que seja a remuneração.
A lógica é bem simples: se você colocar todo o seu dinheiro em uma ação e essa ação desvalorizar, você perderá todo o investimento. No entanto, se você dividir o seu capital e alocar parte do seu recurso em aplicações de maior risco e parte em títulos mais seguros, mesmo que ocorra uma perda, ela será parcial e tornará a recuperação mais fácil.
É possível fazer essa diversificação investindo apenas em produtos de renda fixa ou utilizando parte dos recursos também em renda variável. Essa escolha vai depender do seu perfil de investidor e de quanto risco está disposto a correr para buscar maiores retornos.
Justamente por isso, não existe uma receita ou modelo de diversificação a seguir, tudo vai depender do seu perfil. No entanto, algumas dicas podem ajudar a dar os primeiros passos. Confira.
Seja para dar os primeiros passos no mundo dos investimentos ou para diversificar a sua carteira de aplicações, você precisa conhecer o seu perfil de investidor, que será determinado por meio do preenchimento de um formulário chamado suitability, utilizado pelas instituições financeiras e corretoras para determinar que tipo de investimentos é o mais adequado para cada perfil. Essa classificação do investidor é uma norma obrigatória da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desde 2015.
No formulário suitability, serão avaliados tópicos como tolerância a riscos, objetivo da aplicação, capital disponível para investir e conhecimento de mercado financeiro. A partir do resultado, o investidor poderá ser classificado como conservador, moderado ou arrojado.
Essa classificação torna mais simples identificar as aplicações mais adequadas de acordo com o seu perfil e suas metas.
Antes de aplicar ou diversificar, também é importante você definir qual o seu objetivo a curto, médio e longo prazo. Compreender a sua realidade financeira e até que ponto está disposto a correr riscos, além de ajudar a definir o seu perfil de investidor, também ajudará a determinar essas metas. Vamos usar dois exemplos para explicar:
Digamos que o Pedro nunca aplicou, mas tem um montante de dinheiro guardado para imprevistos, a conhecida reserva de emergência. O ideal para alguém sem experiência no mercado financeiro, é começar por produtos de renda fixa com liquidez diária e segurança. O produto mais conhecido nesse modelo é a poupança, mas também existem os CDBs e outros títulos que oferecem as mesmas condições com rentabilidade superior.
Já a Ana tem a sua reserva devidamente aplicada, mas quer começar a diversificar, sem correr grandes riscos a médio prazo. Para isso, Ana decide separar parte dos recursos em uma LCI rendendo 4,65% ao ano e atrelada ao IPCA, com vencimento em dois anos.
Definir essas estratégias a curto, médio e longo prazo é o primeiro passo para decidir quais produtos fazem mais sentido para alcançar as suas metas.
Conhecendo o seu perfil e tendo a suas metas definidas, chegou a hora de traçar uma estratégia para diversificar os investimentos, que nada mais é do que escolher os ativos onde colocará o seu dinheiro. As opções são variadas:
Novamente, definir quanto do seu dinheiro deve ir para cada tipo de investimento e quais produtos escolher, dependerá do seu perfil e das suas metas. Equilíbrio entre essas aplicações na sua carteira é o segredo para ter uma boa diversificação.
Nenhuma das suas metas deve estar escrita em pedra. Revise esses objetivos com frequência e leve em conta as movimentações da economia para fazer ajustes que tragam mais retorno a médio e longo prazo mais.
Considere também mudanças pessoais como, troca de emprego, promoções, desemprego, casamento, filhos ou qualquer outra grande alteração nos planos para redesenhar essas metas.
Diversificar é diferente de pulverizar seus investimentos, que acontece quando você aplica pequenas quantias em muitos lugares diferentes de forma aleatória.
Diversificação trata-se de estratégia e não de investir em uma quantidade exagerada de títulos, o que ao invés de minimizar os riscos de perdas, pode levar os rendimentos a zero.
Ao buscar a diversificação da sua carteira de investimentos, é vital que você considere as oscilações da economia e o momento financeiro do país.
Agora, por exemplo, em meio a crise causada pela pandemia, temos um cenário de alta inflacionária, com o IPCA acumulado dos últimos 12 meses chegando a 8,99%. Ou seja, este é um bom momento para buscar aplicações atreladas a esse indexador.
No entanto, para estabilizar essas altas inflacionárias, o mercado movimenta a taxa básica de juros brasileira, a Selic, que aumentou pela quinta vez consecutiva e agora está 6,25% ao ano. Isso significa que investir em títulos atrelados à Selic ou ao CDI, que acompanha as movimentações da Selic, pode ser uma boa estratégia a médio prazo, já que a tendência de altas se mantém até o final do ano.
E aí, pensando em diversificar a sua carteira de investimentos? O Banco Bari tem os melhores produtos de renda fixa do mercado. CDBs e LCIs prefixados e pós-fixados, produtos indexados ao CDI ou ao IPCA e até Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) para perfis mais arrojados. Baixe o aplicativo e abra a sua Multiconta para conhecer.
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