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Open Banking: mitos e verdades sobre o sistema bancário aberto

19 FEV 21
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Open Banking: mitos e verdades sobre o sistema bancário aberto
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Descubra o que é fato ou não sobre o sistema que entra em regulamentação no próximo mês.

Open Banking é um modelo de negócios que promete simplificar processos financeiros e revolucionar o relacionamento entre fintechs, bancos e instituições com seus clientes. O sistema bancário aberto deve oferecer aos usuários mais controle e liberdade sobre seus dados financeiros. 

A primeira fase de regulamentação do open banking no Brasil está prevista para começar em fevereiro deste ano. Serão quatro etapas de regulamentação, com término previsto para 15 de dezembro de 2021. 

Com o início do processo de regulamentação e a implementação iminente, podem surgir vários questionamentos e para você não ficar com dúvidas, preparamos este conteúdo explicando mitos e verdades sobre o sistema e tudo que ele promete mudar ainda este ano. Confira. 

O sistema deve reduzir custos: verdade. 

Quando regulamentado e implementado no Brasil, o sistema permitirá que os usuários façam movimentações bancárias utilizando diferentes plataformas, e não apenas os canais oferecidos pelo seu banco. 

Para que isso seja possível, será necessário que as instituições adequem seus sistemas, para integrar as respectivas interfaces, compartilhar os dados e realizar transações de forma segura. 

É aqui que entram as APIs (Interface de programação de aplicativos). As APIs abertas integram sistemas e dispensam a utilização de intermediários, o que torna qualquer processo mais rápido e barato. 

O que é Open Banking?

Seus dados não estarão seguros com o Open Banking: mito.

A preocupação é justificada diante das várias polêmicas envolvendo grandes empresas de tecnologia e dados, no entanto, várias medidas vêm sendo tomadas para garantir a segurança dos usuários. Os dados só serão compartilhados mediante autorização, e apenas com as empresas que o usuário concordar de forma expressa. 

Os dados que poderão ser compartilhados são: 

  • Informações pessoais (nome, CPF/CNPJ, telefone, endereço);
  • Dados financeiros (transações, informações de renda e faturamento, conta corrente);
  • Serviços utilizados como empréstimos e financiamentos.

De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o consumidor poderá encerrar o compartilhamento das informações com as instituições a qualquer momento.

A LGPD foi aprovada e entrou em vigor no Brasil em 2020. Essa legislação obriga que empresas fortaleçam seus sistemas e políticas de segurança e exige altos níveis de proteção para quem trabalha com dados bancários, o que tanto bancos como fintechs e outras instituições financeiras precisam seguir.

LGPD: 9 perguntas e respostas sobre a Lei Geral de Proteção de Dados

O sistema bancário aberto trará integração de produtos financeiros e mais competitividade: verdade.

O Open Banking promete integrar serviços financeiros às diferentes jornadas digitais dos clientes e favorecer a entrada de novos produtos. Isso permitirá um ambiente mais competitivo e com mais opções para os clientes. 

O Open Banking será o fim das agências bancárias: mito.

Não existe nenhuma relação entre o conceito do sistema bancário aberto e o fim ou diminuição das agências bancárias. O que é mais provável de ocorrer, é uma maior competição entre as instituições e o aumento nas movimentações de serviços digitais, que oferecem mais facilidade de acesso e baixo custo. 

O open banking dará liberdade e autonomia aos usuários, que poderão compartilhar seus dados financeiros com outras empresas e serviços. 

Personalização de produtos e serviços financeiros: verdade.

O novo modelo de negócio também trará a possibilidade de desenvolver produtos e serviços financeiros que atendam aos clientes na medida das suas necessidades. 

As instituições terão acesso ao histórico dos clientes que aderirem ao sistema, poderão verificar pagamentos e inadimplências e oferecer crédito de acordo com esse histórico. 

Dessa forma, o usuário poderá ter acesso a produtos de diferentes empresas e companhias e não apenas nas instituições que já possui algum relacionamento.

O gerenciamento de contas será mais complicado com o Open Banking: mito.

Na verdade, é o contrário. A ideia é que os usuários tenham controle total das contas, mais acesso a ofertas, facilitando assim a tomada de decisão na hora de contratar produtos e serviços. 

Facilidade de acesso aos produtos: verdade. 

Imagine todos os produtos bancários e financeiros disponíveis no mercado brasileiro, agregados em um único ambiente. Isso é justamente o que pretende o Open Banking. 

Com as novas APIs, as ofertas de produtos e serviços estarão organizadas em um único ambiente e serão dedicadas aos propósitos, buscados pelos usuários, melhorando a eficiência e favorecendo a competitividade.

Esperamos que com essas informações você esteja mais seguro sobre a regulamentação do Open Banking no Brasil. Caso ainda tenha dúvidas, deixe nos comentários que vamos ajudar. 

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