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O que é Renda Fixa? E CDI? Onde devo investir minha reserva de emergência? Aplicações prefixadas ou pós-fixadas? Selecionamos as principais dúvidas sobre investimentos que recebemos nas nossas redes sociais e canais oficiais de relacionamento e convidamos o head de produtos digitais do Banco Bari e especialista em investimentos, Renato Negrão, para responder. Confira.
Títulos de Renda Fixa são investimentos que têm regras de rendimento e prazo definidos antes da contratação e, justamente, são chamados de renda fixa por conta desta previsibilidade. Normalmente são produtos mais buscados por investidores que buscam rendimentos mais estáveis e com segurança.
Existem vários produtos de Renda Fixa, oferecidos por diversas instituições financeiras, mas os principais e mais populares são:
Cada tipo de investimento oferece diferentes condições de rentabilidade, liquidez e prazo. O ideal é que você escolha o produto de acordo com a sua necessidade e perfil de investidor.
Se, por exemplo, a intenção é investir a reserva de emergência,o caminho é procurar um produto que ofereça uma boa rentabilidade, mas que também tenha liquidez diária, já que é preciso deixar esse dinheiro disponível para qualquer eventualidade.
Já se o recurso disponível não precisará ser acessado de forma imediata, é possível escolher outros produtos, com vencimentos a médio e longo prazo e que ofereçam maiores rentabilidades.
Nos dois casos, é importante observar as taxas e impostos que incidirão sobre o investimento. Tudo isso deve ser informado pela instituição onde a aplicação será realizada.
CDI ou Certificado de Depósito Interbancário é o empréstimo realizado entre os bancos para que, conforme determinação do Banco Central, sempre fechem o dia com saldo positivo. Como todo empréstimo, esse também tem juros que, neste caso, são determinados pela taxa DI (CDI), que acompanha a Selic, a taxa básica de juros do Brasil.
Vários títulos de Renda Fixa oferecem rendimentos atrelados à taxa DI, por isso, é importante entender como funciona esse tipo de remuneração.
A taxa DI (CDI) acompanha a Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) em reuniões periódicas. Atualmente, a Selic está em 2,75% ao ano e o CDI em 2,65% ao ano.
Isso significa que qualquer produto que ofereça rendimento de 100% do CDI renderá 2,65% ao ano.
É importante observar que essas taxas são atualizadas periodicamente, e que sendo o seu investimento uma aplicação pós-fixada, o seu rendimento irá acompanhar essas oscilações.
As remunerações dos investimentos de Renda Fixa podem ser prefixadas, pós-fixadas, além de modelos híbridos, que são menos comuns. A escolha do tipo de remuneração vai influenciar diretamente na rentabilidade do dinheiro aplicado. Por esse motivo, é muito importante entender como funcionam cada uma dessas modalidades de remuneração.
Nesta modalidade de remuneração, o investidor sabe a rentabilidade da aplicação antes da compra do título, que, normalmente, é definida como uma porcentagem do valor aplicado.
Vamos tomar como exemplo um CDB (Certificado de Depósito Bancário) prefixado em 7% ao ano com vencimento em 2 anos. Isso significa que esse título pagará 7% do valor investido por ano. Dessa forma, é possível saber exatamente quanto será o rendimento desse investimento no vencimento. Lembrando apenas que é necessário deduzir os impostos que podem incidir na operação.
Já na modalidade pós-fixada, o investidor tem uma previsibilidade, mas não sabe exatamente qual será a rentabilidade do investimento no momento da aplicação. As aplicações pós-fixadas são atreladas a um indexador e definidas por uma porcentagem dessa taxa, por isso, só é possível saber o valor exato do rendimento no vencimento do título.
Várias taxas são utilizadas como indexadores em investimentos pós-fixados. Os mais comuns são:
Aqui, vamos considerar como exemplo uma LCI (Letra de Crédito Imobiliário) pós-fixada em 135% do CDI com vencimento em 2 anos. Isso quer dizer que o título pagará 135% da taxa CDI, atualmente em 2,65% como já vimos mais acima, por ano, ou seja, só será possível conhecer o valor exato do rendimento ao final dos três anos, no momento do resgate do título.
Para escolher o tipo de remuneração, é preciso levar em conta o objetivo, o perfil do investidor e também o contexto e a situação econômica do país no momento da aplicação.
Normalmente, na data do vencimento, os valores aplicados são devolvidos à conta do investidor, com os rendimentos, correções e descontando os impostos conforme informado no momento da compra do título. Caso o dia do vencimento coincida com o final de semana ou feriado, os valores serão transferidos no próximo dia útil.
Para entrar no mundo dos investimentos é preciso entender que sempre haverá riscos, mesmo que muito pequenos, e que nem sempre esse risco significa perda de dinheiro e sim incerteza em relação ao rendimento ou liquidez, por exemplo. Para compreender isso, é preciso conhecer e entender os tipos de riscos em investimentos de Renda Fixa:
Todo investimento é emitido por uma instituição financeira e o risco de crédito é a chance da instituição que vendeu o título de Renda Fixa quebrar e não honrar os compromissos.
Imagine que um investidor tem uma aplicação em uma instituição financeira com vencimento daqui a dois anos. Isso significa que esse investimento só terá liquidez no vencimento.
Mas vamos supor que esse investidor precisa retirar esse capital agora, antes do vencimento, o que acontece com esse dinheiro? Dependendo do tipo de título essa retirada não é possível. Em outros casos, a retirada até é possível, mas é preciso ficar atento para não perder dinheiro.
Aí surge a dúvida: como protejo os meus investimentos em caso de falência da instituição?
É aqui que entra o FGC ou Fundo Garantidor de Crédito, uma entidade civil privada que protege investidores com dinheiro aplicado em instituições financeiras associadas à entidade. O FGC garante alguns tipos de títulos de Renda Fixa, para aplicações de até R$ 250 mil por CPF/CNPJ e por instituição. As modalidades de investimentos cobertas pelo FGC são:
Por isso, antes de investir, sempre verifique se o produto é coberto pelo FGC.
Qualquer aplicação em Renda Fixa ou Variável feita no ano anterior precisa ser declarada no Imposto de Renda, tenha a aplicação tido lucro ou prejuízo e mesmo que o título seja isento do tributo.
Alguns investimento em Renda Fixa são isentos de Imposto de Renda como:
A reserva de emergência, como o nome já diz, é um montante de dinheiro acumulado para ser utilizado em momentos de crise ou necessidade.
Os valores poupados para esse fim devem sim ser investidos e contar com rendimentos, mas é preciso atenção ao escolher o título. Além de segurança, é preciso investir esse dinheiro em uma aplicação que ofereça liquidez diária ou imediata, ou seja, deve ser possível acessar esse recurso sempre que necessário.
Aqui, as pessoas costumam pensar imediatamente na poupança, mas essa não é a melhor solução devido ao rendimento oferecido, que hoje é de 70% da Selic + Taxa Referencial (TR). A TR está congelada em zero desde 2017. Isso significa que qualquer valor aplicado na poupança rende, em média, 1,925% ao ano.
Existem produtos que oferecem a mesma segurança e liquidez que a poupança, mas oferecem rendimentos maiores, como, por exemplo o CDB com liquidez diária do Banco Bari, que remunera 110% do CDI e é uma ótima opção frente a poupança para investir sua reserva de emergência
Na Conta Objetivo, uma ferramenta da Multiconta do Banco Bari, os valores depositados rendem 100% do CDI, o que representa um rendimento de 2,65% ao ano, com liquidez imediata.
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