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Você sabia que muitos dos nossos hábitos financeiros são moldados na infância? Aquela dificuldade em poupar, o impulso por compras desnecessárias ou até mesmo o medo de investir, podem ter raízes em como aprendemos a lidar com dinheiro.
Por isso, começar cedo é essencial! E se você é uma pessoa adulta que deseja que seus filhos ou filhas tenham boa educação financeira, continue a leitura deste artigo e entenda qual a importância da educação financeira para crianças.
Educação financeira infantil é o processo de ensinar as crianças a lidar com o dinheiro de forma responsável. Elas aprendem a entender o valor do dinheiro, a importância de poupar, a diferença entre necessidades e desejos, e como fazer escolhas mais inteligentes na hora de gastar.
Com a educação financeira, as crianças desenvolvem habilidades essenciais para a vida, como planejamento e organização, além de aprenderem a tomar decisões conscientes sobre como usar seus recursos — o que ajuda a torná-las pessoas adultas financeiramente responsáveis, que possam lidar com o endividamento e consigam se planejar para criar uma reserva de emergência no futuro, por exemplo.
A educação financeira para crianças é como plantar uma semente que vai gerar frutos por toda a vida. Isso porque esse ensinamento permite que elas compreendam o valor do dinheiro e como usá-lo com sabedoria, desenvolvendo hábitos mais conscientes de consumo.
Com ela, as crianças também aprendem a poupar para comprar brinquedos ou objetos que almejam, a definir metas e a planejar o futuro, o que ajuda a construir uma relação mais saudável com as finanças e garantir uma vida adulta mais segura e independente.
Leia também: Estabilidade financeira: o que é e como conseguir?
Nas escolas públicas brasileiras, a educação financeira para as crianças ainda está engatinhando, uma vez que, infelizmente, essa não é uma disciplina fixa na grade dos alunos e alunas, como Português ou História.
Por conta disso, atualmente a educação financeira infantil funciona de forma transversal, ou seja, é citada em diferentes disciplinas do currículo, como matemática, geografia e ciências, mas não há um conteúdo aprofundado sobre o tema.
Dentre os motivos importantes sobre ter o ensinamento da educação financeira nas escolas públicas, podemos destacar:
Já nas escolas particulares, este cenário pode ser diferente. Isso porque as instituições costumam oferecer essa disciplina como estudo complementar na grade das crianças, assim como outras matérias, como inglês, música e teatro, por exemplo.
Embora a educação financeira ainda não seja amplamente ensinada nas escolas, isso não impede que seu filho(a) adquira conhecimentos sobre essa área desde cedo. O ambiente familiar é fundamental para as crianças aprenderem na prática e começarem a seguir as orientações dos pais, mães ou responsáveis sobre o assunto.
Confira a seguir, algumas dicas de como ensinar educação financeira para as crianças:
Mesmo crianças pequenas, de 3 a 5 anos, podem começar a entender o mundo das finanças. Use brincadeiras e exemplos do dia a dia para apresentar conceitos básicos, como dividir um lanche com os irmãos ou contar seus brinquedos.
As crianças aprendem muito observando as pessoas adultas. Mostre como você lida com o dinheiro no dia a dia, explicando suas decisões financeiras com motivos e evidências, como, por exemplo: “hoje não vamos comprar sorvete porque já gastamos a mesada da semana”.
O dinheiro não cai da árvore, certo? Então, explique de onde ele vem, para onde ele vai e como a família se organiza financeiramente. Fale sobre as contas da casa, o supermercado, a internet, e como o trabalho garante o sustento da família. Claro, sempre de modo simples para o entendimento das crianças.
Jogos, livros e aplicativos podem tornar o aprendizado mais divertido e interessante. Jogos como “Banco Imobiliário” e “Jogo da Vida”, por exemplo, são clássicos que ensinam sobre compra, venda e investimentos de forma divertida.
A mesada dá à criança a oportunidade de praticar o que aprendeu, administrando seu próprio dinheiro, na prática. Então, se possível, defina um valor e uma periodicidade, e oriente a criança sobre como usar o dinheiro de forma responsável.
Ajude a criança a diferenciar entre o que é essencial (comida, roupas, moradia) e o que é supérfluo (brinquedos, doces). Explique que nem sempre podemos ter tudo o que queremos e que é preciso fazer escolhas e saber o que deve ser priorizado.
Quem nunca ganhou um cofrinho de moedas quando era criança, não é mesmo? Essa é uma boa forma de incentivar a criança a guardar dinheiro para comprar algo que ela queira e seja mais caro, como um brinquedo ou um passeio. Mostre a ela como o dinheiro poupado pode crescer com o tempo e como é gratificante comprar algo com suas próprias economias.
Leia também: Como controlar as despesas fixas e economizar dinheiro?
Quando a criança estiver com mais idade, entre 8 e 12 anos, leve-a ao supermercado e explique como comparar preços, escolher produtos e fazer escolhas conscientes. Peça ajuda para anotar os preços e comparar as ofertas para mostrar que ela também faz parte das decisões orçamentárias da casa.
A seguir, elaboramos uma tabela com temas da educação financeira que você pode ensinar às crianças, sempre de acordo com a idade e a complexidade do tema:
Erros mais comuns na educação financeira infantil
Educar financeiramente as crianças é fundamental. Mas, alguns erros podem prejudicar o aprendizado e criar uma relação negativa com o dinheiro. Não falar sobre finanças, por exemplo, pode deixar a criança sem noção de como o dinheiro funciona. Desde cedo, elas absorvem informações, e abordar temas simples pode ajudar a criar uma base sólida.
Outro erro é ceder a todos os desejos das crianças, pois isso pode estimular hábitos consumistas e dificultar o entendimento sobre a importância de poupar e a já mencionada diferenciação entre necessidades de desejos.
Além disso, associar dinheiro a conceitos negativos, como dizer que ele “não traz felicidade”, também pode impactar a percepção da criança. Lembre-se que o dinheiro é uma coisa, logo, não é nem bom, nem ruim. O que faz a diferença é como o utilizamos. Por isso é mais proveitoso mostrar como o dinheiro pode ser uma ferramenta para atender necessidades e realizar sonhos.
Por fim, é importante evitar usar dinheiro como recompensa ou punição, já que isso pode distorcer sua relação com o trabalho e criar vínculos emocionais prejudiciais. Enfatize que o dinheiro é resultado do esforço e do trabalho, ajudando a criança a entender seu real valor.
Começando pelo offline: livrarias e bibliotecas são ótimas opções, com uma variedade de livros que abordam o tema de forma lúdica e divertida. Alguns exemplos incluem:
A internet também é uma aliada nessa busca, com jogos, aplicativos infantis, sites e blogs especializados que oferecem inúmeras dicas. Inclusive, ao navegar pelo Bari Blog, é possível encontrar artigos de diferentes assuntos, como endividamento, empréstimo e planejamento financeiro, que você pode ler e depois explicar para seus filhos e filhas de forma mais didática.
Com essas dicas, temos certeza de que você já tem uma boa base para dar início à educação financeira infantil em seu lar. Não deixe de compartilhar este conteúdo com seus amigos, familiares e colegas de trabalho que também têm crianças em casa e podem aproveitar este conteúdo!
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