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Reuniões do Copom: o que são, como funcionam e por que afetam a economia

30 JUN 25
Reuniões do Copom: o que são, como funcionam e por que afetam a economiaEducação financeira
Reuniões do Copom: o que são, como funcionam e por que afetam a economia
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Muito se fala sobre as reuniões do Copom, mas sejamos francos: quanta gente realmente entende o que elas são, ou por que geram tanto burburinho no noticiário econômico? 

A verdade é que essas reuniões, realizadas regularmente pelo Banco Central do Brasil, têm um papel crucial na definição dos rumos da economia brasileira, e impactam diretamente a sua vida, mesmo que você não perceba. 

Neste artigo, vamos explicar de forma didática o que é o Copom, como funcionam suas reuniões, o que está em jogo em cada encontro e por que as decisões tomadas ali influenciam desde os juros do seu financiamento até o rendimento dos seus investimentos. Continue a leitura e entenda como esse comitê interfere, mesmo que silenciosamente, no seu dia a dia financeiro.

O que é o Copom?

Copom, sigla para Comitê de Política Monetária, é um órgão do Banco Central do Brasil responsável por definir a taxa básica de juros da economia, a Selic. Criado em 1996, o comitê é composto por membros da diretoria do Banco Central e tem um papel central na condução da política monetária brasileira, com o objetivo principal de controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica do país.

Na prática, o Copom é um dos principais instrumentos da política monetária brasileira, atuando como o guardião do poder de compra da moeda. Suas decisões afetam não só o sistema financeiro, mas também o dia a dia das pessoas e empresas - influenciando, por exemplo, os juros dos empréstimos, os rendimentos dos investimentos e o custo de vida.

O que são as reuniões do Copom?

As reuniões do Copom são encontros periódicos em que os membros do comitê se reúnem para avaliar o cenário econômico e decidir sobre a taxa Selic. Esses encontros ocorrem a cada 45 dias, geralmente em dois dias consecutivos. Ao final da segunda sessão, é divulgado um comunicado oficial com a decisão do Copom, informando se a taxa Selic foi mantida, aumentada ou reduzida.

Durante essas reuniões, o Copom analisa uma série de indicadores econômicos, como inflação, atividade econômica, taxa de câmbio, nível de consumo, desemprego, situação fiscal e o contexto internacional. A ideia é formar uma visão clara sobre o momento atual da economia e tomar uma decisão que ajude a manter a inflação dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Leia também: Taxa Selic: o que é, como funciona e para que serve?

Como funcionam as reuniões do Copom?

As reuniões do Copom seguem um rito bastante técnico e estruturado. No primeiro dia, os diretores do Banco Central fazem apresentações técnicas sobre o cenário econômico, trazendo dados e projeções que ajudam a embasar a decisão. No segundo dia, ocorre a votação da taxa Selic, com a participação dos membros da diretoria colegiada da instituição.

Ao final da votação, o Banco Central publica um comunicado oficial com a decisão do Copom, que informa se a taxa Selic foi mantida, aumentada ou reduzida. Dias depois, também é divulgada a ata do Copom, detalhando os argumentos e projeções discutidos durante a reunião.

Essas comunicações são acompanhadas de perto por analistas, economistas e outros players do mercado financeiro, já que servem de base para decisões de investimento, projeções macroeconômicas e ajustes de portfólio.

Taxa Selic: por que ela é tão importante nas decisões do Copom?

Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve como referência para todas as demais taxas cobradas no país, como os juros de empréstimos, financiamentos e os rendimentos de aplicações de renda fixa. Quando o Copom altera a Selic, ele está, na prática, ajustando o “valor do dinheiro” no Brasil.

Se a inflação está acima da meta, o Copom tende a elevar a Selic como forma de combater a alta de preços e trazer a inflação de volta para o centro da meta estabelecida pelo governo. Isso torna o crédito mais caro, desestimula o consumo e reduz a pressão sobre os preços. Por outro lado, se a economia está desaquecida e a inflação está sob controle, o comitê pode reduzir a taxa para estimular a atividade econômica, facilitando o acesso ao crédito e incentivando o consumo e os investimentos.

Ou seja, as decisões do Copom têm impactos diretos não apenas sobre o mercado financeiro, mas também sobre o bolso dos brasileiros. Um aumento da Selic, por exemplo, pode deixar os juros do cartão de crédito ou do financiamento imobiliário mais altos - dificultando a vida de quem tem dívidas de cartão de crédito - enquanto uma queda tende a beneficiar quem busca crédito ou quer aplicar com menor risco.

Leia também: Queda da Selic e crédito imobiliário: entenda os principais impactos

Como as reuniões do Copom afetam o dia a dia das pessoas?

Mesmo que a maioria da população não acompanhe as reuniões do Copom diretamente, as decisões tomadas por esse comitê se refletem em diversos aspectos do cotidiano. Uma das áreas mais sensíveis é o acesso ao crédito: quando a taxa Selic sobe, fica mais caro fazer empréstimos, usar o rotativo do cartão ou parcelar compras. Isso afeta especialmente famílias com orçamento apertado.

Além disso, o Copom também influencia o mercado de investimentos. Quando a Selic está alta, aplicações de renda fixa - como o Tesouro Direto, CDBs ou fundos atrelados ao CDI - se tornam mais atrativas. Já em momentos de queda da Selic, investidores podem buscar alternativas mais rentáveis, como ações ou fundos multimercado.

Outro ponto importante é o impacto na inflação e nos investimentos, especialmente os de renda fixa. Ao ajustar os juros, o Copom influencia também a atratividade de títulos públicos, fundos e outras aplicações. Da mesma forma, decisões sobre a Selic afetam diretamente o custo do crédito, encarecendo ou facilitando o acesso ao dinheiro.

Leia também: Taxa de juros: o que é, como funciona e por que ela impacta tanto a sua vida financeira

Reuniões do Copom x expectativas do mercado

Um aspecto fundamental das reuniões do Copom é o impacto que elas geram sobre as expectativas do mercado. Analistas e investidores acompanham não apenas a decisão em si, mas também o tom do comunicado e da ata do Copom. Isso porque as palavras utilizadas pelo Banco Central muitas vezes sinalizam os próximos passos da política monetária.

Por exemplo, se o Copom eleva a Selic, mas indica que aquela pode ser a última alta do ciclo, o mercado pode reagir com otimismo. Já se a decisão é de manter a taxa, mas com um tom mais conservador no comunicado, pode haver uma reavaliação das projeções para os juros futuros.

Essas expectativas afetam o comportamento da bolsa de valores, a cotação do dólar, os juros futuros e até o humor de empresários e consumidores. Por isso, as reuniões do Copom são eventos aguardados com grande atenção por diversos setores da economia.

Leia também: Selic em alta: o que significa para seus investimentos

Conclusão

As reuniões do Copom são momentos-chave para a definição dos rumos da economia brasileira. A cada encontro, o comitê avalia cuidadosamente o cenário nacional e internacional para tomar decisões que afetam os juros, o crédito, os investimentos e a inflação. Embora sejam bastante técnicas, essas decisões impactam diretamente o cotidiano de todos; de quem vai ao supermercado até quem administra fundos imobiliários e outros grandes fundos de investimento.

Entender o que é o Copom e como funcionam suas reuniões é um passo importante para quem quer tomar decisões financeiras mais conscientes, seja no consumo, nos investimentos ou no planejamento de longo prazo. Acompanhar esses movimentos ajuda a antecipar tendências e se adaptar melhor às mudanças do cenário econômico.

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