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Encargos de rotativo: o que são e como funcionam?

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Encargos de rotativo: o que são e como funcionam?
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Ao abrir a fatura do cartão de crédito, é comum encontrar diversos termos técnicos. Entre eles, um dos que mais assusta as pessoas, é o famoso “rotativo”. Se você já pagou o valor mínimo da fatura ou apenas uma parte do total, certamente já viu essa cobrança crescer no mês seguinte.

Mas, afinal, o que significa encargo rotativo e por que ele é considerado uma das modalidades de crédito mais caras do mercado?

Continue a leitura deste artigo para entender o que são encargos de rotativo, como ele é calculado e as regras que limitam essa cobrança para que você possa proteger o seu bolso. Acompanhe!

Encargo rotativo: o que é?

Para entender o que são encargos de rotativo, imagine que o banco te emprestou dinheiro para pagar a sua própria fatura do cartão de crédito. Neste cenário, o encargo rotativo é a taxa cobrada quando você não paga o valor integral até a data de vencimento. 

Ou seja, basicamente, é um crédito de emergência automático oferecido pela instituição financeira para passar a sua dívida do cartão de crédito para o mês seguinte.

Quando o encargo financeiro rotativo é cobrado? 

A cobrança é acionada automaticamente em duas situações principais:

  1. Pagamento mínimo: quando você paga apenas o valor mínimo estipulado na fatura (geralmente 15% do total).
  2. Pagamento parcial: quando você paga qualquer valor entre o mínimo e o total. 

Dessa forma, em ambos os casos, a diferença que ficou sem pagar entra no crédito rotativo e, sobre ela, incidem os encargos financeiros rotativos.

Como funcionam os encargos financeiros rotativos, na prática?

Agora que você já sabe o que significa encargo financeiro rotativo, vamos entender a matemática por trás dessa cobrança, que considera juros compostos e impostos — o que faz a dívida crescer rapidamente.

A composição da conta: juros + IOF 

Ao entrar no rotativo, você não paga apenas pelo “aluguel” do dinheiro (juros), mas também paga um imposto obrigatório ao governo. Entenda a diferença:

  1. Juros remuneratórios: é a taxa que o banco cobra, que pode variar de instituição para instituição e deve estar explícita na sua fatura.
  2. IOF (Imposto sobre Operações Financeiras): tributo federal com alíquotas fixas para Pessoas Físicas em operações de crédito.* Atualmente, o IOF é composto por duas partes:
    • IOF Fixo: 0,38% sobre o valor total da dívida (cobrado uma única vez na operação).
    • IOF Diário: 0,0082% ao dia (limitado a 3% ao ano).

* As alíquotas vigentes podem ser consultadas no Decreto n.º 6.306/2007 (Regulamento do IOF) e no site da Receita Federal.

Regras do rotativo

Vale destacar que uma mudança importante entrou em vigor em janeiro de 2024, trazida pela Lei do Desenrola (Lei n.º 14.690/2023) e regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O total de juros e encargos cobrados no rotativo e no parcelado do cartão de crédito não pode exceder 100% do valor da dívida original.

Antes dessa regra, uma dívida de cartão podia multiplicar por 3, 4 ou 5 vezes em pouco tempo. Agora, ela tem um limite máximo: ela só pode dobrar, e nada mais.

Exemplo: se você deixou de pagar R$ 1.000,00 da fatura, o valor máximo que o banco pode cobrar de juros e multas acumulados é de R$ 1.000,00. Ou seja, o valor total da sua dívida nunca ultrapassará R$ 2.000,00.

Rotativo x parcelamento da fatura: qual a diferença?

Quando o orçamento aperta e não é possível pagar o valor total da fatura, como vimos, a pessoa geralmente se depara com duas opções: pagar o mínimo (entrando no rotativo) ou contratar o parcelamento da fatura oferecido pelo banco.

Embora ambas sejam formas de adiar o pagamento, elas funcionam de maneiras muito diferentes. A seguir, entenda melhor essa diferença:

  • Rotativo: você não contrata formalmente; ele é ativado assim que você paga qualquer valor abaixo do total. A taxa de juros é flutuante e composta diariamente. Por isso, é a modalidade mais imprevisível e cara.
  • Parcelamento da fatura: você concorda em pagar o saldo devedor em X parcelas fixas, com uma taxa de juros definida no momento da negociação. Ou seja, é possível saber exatamente quanto vai pagar do início ao fim, e o imposto (IOF) é cobrado uma vez.

A partir disso, se você não tiver acesso a nenhuma outra linha de crédito, como um empréstimo pessoal ou com garantiaoptar pelo parcelamento da fatura costuma ser financeiramente mais vantajoso.

Mas, é importante alertar: mesmo sendo “melhor” que o rotativo, o parcelamento do cartão de crédito ainda possui juros muito acima da média. Por isso, nossa dica continua sendo buscar crédito fora do cartão para quitar a fatura à vista.

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Quais os perigos dos encargos rotativos?

Embora as regras que informamos anteriormente ajudem a evitar a famosa “bola de neve” nas dívidas do cartão de crédito, entrar nessa modalidade ainda é perigoso para a saúde financeira.

Isso porque, enquanto um empréstimo consignado ou com garantia pode ter taxas baixas ao mês, o rotativo pode chegar a taxas anuais extremamente elevadas, comprometendo sua capacidade de pagamento rapidamente.

Além dissopelas normas do Banco Central, você só pode usar o crédito rotativo por um ciclo de fatura (30 dias). Se no mês seguinte você ainda não conseguir quitar o total, o banco é obrigado a parcelar o saldo devedor em uma linha de crédito parcelado — que costuma ter juros um pouco menores, mas ainda altos —, para evitar que você fique “girando” a dívida indefinidamente.

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Como evitar os encargos rotativos e organizar as finanças?

A melhor forma de lidar com o encargo rotativo é fugir dele. Então, se você percebeu que não vai conseguir pagar a fatura total do seu cartão de crédito, evite pagar somente o mínimo.

A nossa dica é buscar um crédito com juros menores. Vale a pena contratar um empréstimo com garantia de imóvel ou pessoal, por exemplo, pois eles possuem taxas muito mais baixas, para pagar a fatura do cartão à vista. 

Assim, você troca uma dívida que cresce todo mês por uma única: mais controlada, com parcelas fixas e juros justos.

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