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O que é renda fixa e o que preciso saber para começar a investir?

18 MAR 21
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O que é renda fixa e o que preciso saber para começar a investir?
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Está pensando em investir, mas não sabe por onde começar? Uma pesquisa da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) revelou que 37% da população brasileira investiu em produtos financeiros entre 2022 e 2023. A renda fixa é uma ótima alternativa, porém, muita gente ainda não sabe o que é renda fixa.

Se você faz parte desse grupo, não se preocupe: neste artigo, você não só vai aprender o que é renda fixa, mas também como investir em renda fixa, como funciona essa modalidade, seus principais termos e os diferentes tipos de títulos oferecidos.

O que é renda fixa?

Renda fixa é uma modalidade de investimento em que você empresta dinheiro para uma instituição financeira, empresa ou governo, e recebe de volta o valor com acréscimo de juros, que podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos.

O investimento em renda fixa está se popularizando cada vez mais por conta de seus benefícios, que fazem dele uma opção atrativa mesmo para quem não entende muito de finanças.

Benefícios da renda fixa

Entre os principais benefícios da renda fixa, podemos destacar os seguintes:

  • Segurança: é considerada uma modalidade de investimento mais segura do que a renda variável, pois os riscos são menores.
  • Rentabilidade previsível: no momento da aplicação, você já fica sabendo qual será a remuneração do seu investimento, o que facilita o planejamento financeiro.
  • Ideal para iniciantes: por ser mais simples e segura, é uma ótima opção para quem está começando a investir.
  • Diversificação: a renda fixa oferece diversas opções de investimento, permitindo diversificar sua carteira e reduzir os riscos.
  • Liquidez: muitos investimentos em renda fixa permitem resgate a qualquer momento, o que gera flexibilidade.

Leia também: Como declarar investimento em renda fixa no Imposto de Renda?

Renda fixa: como funciona sua rentabilidade?

Agora que você já sabe o que é renda fixa, é importante entender que existem três formas diferentes de remuneração que, como dissemos anteriormente, são os juros. Conheça as características e as vantagens de cada tipo de rentabilidade:

Prefixada

Oferece uma taxa de juros fixa definida no momento da compra, o que proporciona previsibilidade sobre o valor final do investimento - por exemplo, 8% ao ano. Assim, não há surpresas em relação ao rendimento, ou seja, até o prazo final de resgate, quem investiu já sabe quanto terá para receber.

Pós-fixada

Essa modalidade tem sua rentabilidade atrelada a um índice de referência, como o CDI ou a Selic, o que significa que o rendimento final pode variar conforme as flutuações desse índice. Se no período do investimento esta taxa aumentar ou diminuir, refletirá diretamente no valor a receber.

Híbrida

Combina uma parte prefixada e outra pós-fixada, por exemplo, 3% ao ano + IPCA. A parte prefixada garante uma rentabilidade mínima, enquanto a parte pós-fixada oferece a possibilidade de ganhos maiores, se as taxas de juros subirem.

Índice de referência para renda fixa

Como citamos acima, os índices de referência, também chamados de indexadores, são indicadores econômicos utilizados para determinar a rentabilidade da renda pós-fixada ou híbrida. Eles refletem diferentes aspectos da economia e são essenciais para entender como seu investimento de renda fixa irá se comportar ao longo do tempo.

Os principais índices de referência são:

  • Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia): taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Banco Central. É utilizada como instrumento para controlar a inflação e influenciar as demais taxas de juros do mercado.
  • CDI (Certificado de Depósito Interbancário): é a taxa média das operações de empréstimo entre os bancos e serve como principal referência para a rentabilidade de diversos fundos de renda fixa. Acompanha de perto a Selic, ficando geralmente um pouco abaixo dela.
  • IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo): mede a inflação oficial do país, sendo utilizado como indexador em títulos públicos, como o Tesouro IPCA+, o que garante rentabilidade acima da inflação.
  • IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado): calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é utilizado como indexador em alguns contratos de aluguel de imóveis e títulos de renda fixa.

Como escolher o índice de referência?

A escolha do índice de referência dependerá do seu perfil investidor, dos seus objetivos e do cenário econômico. Se você busca proteção contra a inflação, o IPCA pode ser uma boa opção. Mas se deseja acompanhar as variações da taxa básica de juros, o CDI ou a Selic podem ser mais adequados.

Precisa de ajuda para descobrir qual tipo de investimento renda fixa é o mais adequado para você? Conte com o Banco Bari para te ajudar a fazer o melhor tipo de investimento de acordo com o seu perfil!

Quais são os principais títulos de investimento de renda fixa?

Existem diversos tipos de aplicações de renda fixa no mercado. Elas se diferenciam por risco, rentabilidade, prazo, emissor, entre outros critérios. Confira a seguir, quais são os investimentos de renda fixa mais populares.

Poupança

poupança é a aplicação financeira mais tradicional e acessível no Brasil, oferecida por todos os bancos e protegida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Apesar de sua popularidade, a rentabilidade da poupança é baixa, especialmente em cenários de Selic alta, como o atual.

Ainda assim, a poupança ainda é muito utilizada no país devido à sua facilidade de acesso, segurança, liquidez diária e por permitir resgates a qualquer momento — sem perda de rendimento. 

Leia também: Organização financeira em dois passos - controle de gastos recorrentes e poupar para realizar objetivos.

CDB

Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa emitido por bancos para captar recursos, funcionando como um empréstimo que você faz à instituição. Em troca, a organização devolve o valor investido, acrescido de juros, após um prazo determinado. 

A rentabilidade do CDB pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida. Uma das vantagens do CDB é a segurança, por contar com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) de até R$ 250 mil por CPF e instituição financeira.

Sua liquidez varia conforme o tipo e prazo do CDB, podendo ser uma liquidez diária ou ter prazos mais longos. Esses títulos são tributados pelo imposto de renda, com alíquotas regressivas de acordo com o tempo. 

LCI e LCA 

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) são títulos de renda fixa emitidos por bancos para financiar os setores imobiliário e do agronegócio, respectivamente. Ao investir neles, você estará emprestando dinheiro para o banco, que utiliza esses recursos para financiar projetos nesses setores. Em troca, a instituição devolve o valor investido, acrescido de juros, após um prazo determinado.

A rentabilidade da LCI e LCA pode ser prefixada ou pós-fixada. O principal destaque desses títulos é a isenção de imposto de renda para pessoa física, o que os torna uma opção atrativa para quem busca investimentos com maior rendimento líquido. Além disso, tanto LCI quanto LCA contam com a proteção do FGC.

A liquidez da LCI e LCA geralmente é menor que a de outros títulos de renda fixa, com prazos de vencimento que podem variar de alguns meses a anos. No entanto, alguns bancos oferecem opções com liquidez diária, porém, com rentabilidade menor.

Leia também: CDB ou LCI: qual o melhor investimento?

Tesouro Selic 

O Tesouro Selic é um título público de renda fixa emitido pelo Tesouro Nacional, considerado um dos investimentos mais seguros do mercado. Ao investir nele, você está emprestando dinheiro para o governo federal, que te devolve o valor acrescido de juros após um prazo determinado.

A rentabilidade do Tesouro Selic é pós-fixada e atrelada à taxa Selic — taxa básica de juros da economia brasileira. Isso significa que o rendimento do seu investimento irá variar conforme as flutuações dela. 

Seus principais benefícios são:

  • Segurança: seu dinheiro é garantido pelo Tesouro Nacional, o que significa que o risco de golpes é nulo.
  • Liquidez: você pode vender seus títulos a qualquer momento sem perder sua rentabilidade.

Além disso, a tributação do Tesouro Selic segue a tabela regressiva do imposto de renda, com alíquotas que diminuem conforme o tempo de investimento.

Fundo de renda fixa

Essa modalidade de investimento reúne recursos de diversos investidores e investidoras para aplicar em uma carteira diversificada de títulos de renda fixa, como Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs.

Sua gestão é realizada por profissionais especializados, que selecionam os títulos com base em critérios como rentabilidade, risco e liquidez. Isso faz do fundo de renda fixa uma ótima pedida para quem investe e não tem tempo ou conhecimento para acompanhar o mercado.

No entanto, é importante lembrar que os fundos de renda fixa cobram uma taxa de administração, que pode variar de acordo com o fundo e a instituição financeira. Esse valor é cobrado sobre o patrimônio e pode impactar a rentabilidade líquida do investimento.

O que é carência da renda fixa? 

No mundo dos negócios, é importante saber que o prazo de carência é o período em que o dinheiro investido fica “preso” ao título, ou seja, não pode ser resgatado antes do tempo estipulado. 

Nem todos os investimentos de renda fixa possuem carência. Na verdade, muitos permitem o resgate a qualquer momento, sendo chamados de títulos com liquidez diária — formato ideal para quem busca flexibilidade.

Afinal, investir em renda fixa é seguro?

A renda fixa é uma modalidade de investimento com maior previsibilidade de rendimentos, considerada mais segura que a renda variável. Apesar disso, existem diferentes níveis de risco dentro dela, tudo dependerá do título e do emissor. 

Todos os investimentos em renda fixa estão sujeitos ao risco de mercado, que nada mais é do que a oscilação das taxas de juros. Mas, ao escolher bem a modalidade que você irá investir e ter profissionais do mercado ao seu lado, os desafios podem ser bem menores.

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