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SBPE: o que é e como funciona o Sistema de Financiamento Habitacional

29 JUL 25
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Se você está pensando em financiar um imóvel, é bem provável que já tenha visto a sigla SBPE por aí. Mas você sabe o que ela realmente quer dizer? E o mais importante: como esse tipo de financiamento pode lhe ajudar a conquistar a casa ou o apartamento próprio?

Neste artigo, vamos explicar o que significa SBPE e como ele funciona (quem pode usar, quais são as condições e por que ele é uma das opções mais comuns no mercado imobiliário); tudo de forma simples e sem complicação. Vamos lá?

Financiamento SBPE: o que é?

O SBPE, abreviação de Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, é um dos principais sistemas de financiamento imobiliário do país, por utilizar como fonte de recursos o dinheiro aplicado na poupança e no FGTS.

Ou seja, parte do dinheiro que as empresas e pessoas brasileiras depositaram é usado pelos bancos para oferecer crédito habitacional a quem quer comprar um imóvel. Essa é uma forma de o dinheiro “girar”, beneficiando tanto quem poupa quanto quem precisa financiar.

Também é importante dizer que o crédito SBPE é regulamentado pela Lei 4.380/1964 e operado, principalmente, por instituições e bancos privados, como o Banco Bari, o que gera mais segurança para todo o processo.

Leia também: Consórcio ou financiamento de imóvel: qual a melhor opção?

Como funciona a linha de crédito SBPE?

Embora muita gente pense que o SBPE é um tipo específico de financiamento, ele, na verdade, é o sistema que define de onde vêm os recursos usados no crédito imobiliário. Nesse caso, o dinheiro vem da caderneta de poupança: os bancos são autorizados por lei a utilizar até 65% dos depósitos feitos nessa modalidade para conceder financiamentos habitacionais.

Na prática, o processo dessa linha de crédito funciona assim: o banco utiliza esse fundo para emprestar uma parte do valor necessário para a compra de um imóvel. A pessoa solicitante, então, paga dinheiro de volta ao longo dos anos, com juros.

Antes de liberar o financiamento, a instituição financeira analisa o perfil do solicitante, como a renda mensal, o histórico de crédito e a capacidade de pagamento. A partir dessa avaliação, o banco define o valor que pode ser emprestado, o prazo de pagamento, a quantidade de parcelas e a taxa de juros que será aplicada.

Esse modelo é bastante comum na compra de imóveis residenciais, novos ou usados, e tem como vantagem os longos prazos de pagamento, que podem chegar a até 35 anos. Isso facilita bastante a realização do sonho da casa própria.

Além disso, quem tem saldo no FGTS pode utilizá-lo como entrada no financiamento ou até mesmo para amortizar o saldo devedor ao longo do tempo, tornando as condições ainda mais atrativas.

Leia também: Amortizar prazo ou prestação: qual a melhor escolha para o seu bolso?

Quem pode contratar e qual a renda mínima para SBPE?

Para contratar um financiamento com recurso SBPE, a renda mínima exigida costuma ser de R$ 5.000 por mês, podendo ser renda individual ou familiar. Isso significa que, mesmo que você não atinja esse valor sozinho(a), pode somar a renda de outros membros da sua família, desde que estejam incluídos no financiamento.

Além da renda, é preciso cumprir alguns requisitos básicos, como:

  • Ter mais de 18 anos (ou ser emancipado(a) a partir dos 16 anos).
  • Ser uma pessoa brasileira ou estrangeira com visto de permanência no Brasil.
  • Estar com o CPF regular, ou seja, sem o nome sujo em órgãos de proteção ao crédito como SPC ou Serasa.

Outro ponto importante é que o SBPE segue regras para evitar o superendividamento. Segundo a tabela SBPE, o valor das parcelas não pode comprometer mais de 30% da renda bruta mensal, para garantir que o financiamento caiba no seu orçamento.

A maioria dos financiamentos dentro do SBPE utiliza o Sistema de Amortização Constante (SAC). Nesse modelo, o valor da amortização (parte da dívida principal) é fixo, e os juros diminuem ao longo do tempo. Com isso, as parcelas iniciais são mais altas, mas vão diminuindo mês a mês, facilitando o seu planejamento financeiro a longo prazo.

Tipos de financiamento SBPE

O SBPE, além de ser a fonte dos recursos para o crédito imobiliário, também possui dois tipos principais de financiamento, previstos na Lei 4.380/1964, que estabelece as bases do sistema habitacional no Brasil.

Essa lei tem como objetivo facilitar o acesso à casa própria, principalmente para as famílias que desejam ter o primeiro imóvel, para isso, ela define duas categorias dentro do SBPE:

1. SFH — Sistema Financeiro de Habitação

O SFH é o modelo mais tradicional e mais utilizado no Brasil para a compra da casa própria, voltado especialmente para pessoas físicas e imóveis de valor intermediário. Esse sistema foi criado justamente para tornar o financiamento habitacional mais acessível, principalmente para famílias de renda média ou que estão começando a estruturar seu patrimônio.

Principais características

  • Valor máximo do imóvel: até R$ 1,5 milhão, válido em todo o território nacional.
  • Percentual financiado: é possível financiar até 80% do valor do imóvel.
  • Comprometimento da renda: a parcela mensal não pode ultrapassar 30% da renda bruta familiar.
  • Uso do FGTS: permitido para entrada, amortização ou pagamento de parcelas, desde que o comprador atenda às regras do Fundo.
  • Taxas de juros mais baixas: como é voltado à habitação, o SFH oferece taxas geralmente menores.
  • Requisitos adicionais: a pessoa compradora não pode ter outro imóvel residencial no mesmo município, deve comprovar renda e ter o nome limpo.
  • Prazo de pagamento: pode chegar a até 35 anos (420 meses).
  • Amortização: é geralmente utilizado o SAC, no qual as parcelas diminuem com o tempo.

2. SFI — Sistema de Financiamento Imobiliário

O SFI é uma opção mais flexível, voltada para quem não se enquadra nas regras do SFH ou deseja financiar imóveis com valor mais alto, inclusive comerciais. Isso significa que é a alternativa ideal para pessoas com maior renda ou para empresas.

Principais características

  • Sem limite de valor do imóvel: pode ser usado para imóveis com valor superior a R$ 1,5 milhão.
  • Percentual financiado: possibilidade de financiar até 100% do imóvel, a depender da análise de crédito do banco.
  • Uso livre: pode ser usado para imóveis residenciais ou comerciais.
  • Requisitos adicionais: sem restrições quanto à propriedade de outros imóveis.
  • Não exige as mesmas regras do FGTS: mesmo assim, algumas instituições permitem o uso do saldo para amortização.
  • Taxas de juros: podem ser mais altas, já que as exigências são menores e o risco para o banco é maior.
  • Público-alvo: pessoas físicas com alta renda, investidores(as) e empresas.

Leia também: SFH e SFI: entenda as diferenças entre os tipos de financiamentos imobiliários

A taxa de juros SBPE é fixa?

Não necessariamente. Existem diferentes modalidades de taxas de juros nos financiamentos com recursos do SBPE, que são:

  • Taxa pré-fixada: essa taxa de juros é definida no momento da contratação e não se altera ao longo do contrato.
  • Taxa pós-fixada: é composta por uma parte fixa mais a variação de um indicador, como a Taxa Referencial (TR) ou o rendimento da poupança.

Na hora de escolher o melhor financiamento, pense no seu estilo de vida. Você prefere uma parcela que nunca muda, mesmo que comece um pouco mais alta? Ou aceita que a parcela possa subir ou descer um pouco, com a chance de pagar menos juros no futuro? 

Para descobrir, vale a pena usar a melhor forma de descobrir a taxa de SBPE: simulador. Para isso, entre em contato com os bancos em que você tem interesse e faça simulações desse tipo de financiamento. 

No Banco Bari, por exemplo, você pode acessar a página sobre financiamento imobiliário e fazer uma simulaçãode modo fácil e rápido.

Leia também: Juros: você sabe quanto está pagando ou recebendo?

Qual a diferença entre o financiamento com recurso SBPE e o programa Minha Casa, Minha Vida?

A principal diferença entre o financiamento SBPE e o programa Minha Casa, Minha Vida está no público-alvo, nas condições oferecidas e na origem dos recursos utilizados para o crédito.

SBPE, como vimos, é uma linha de financiamento que usa o dinheiro aplicado na poupança para conceder crédito imobiliário. Ele é voltado ao mercado de habitação em geral e atende pessoas físicas com renda mensal mais alta (a partir de R$ 5.000)

Além disso, suas condições de financiamento, como juros, valor do imóvel e percentual financiado, variam conforme o banco e o perfil do(a) cliente. Não há subsídios governamentais diretos nesse modelo, ou seja, a pessoa compradora precisa arcar com todo o custo, respeitando o limite de comprometimento da renda.

Já o Minha Casa, Minha Vida é um programa habitacional criado pelo governo federal com o objetivo de facilitar o acesso à moradia para famílias de baixa renda. A grande vantagem aqui é que o programa oferece subsídios. Isso significa que o governo arca com parte do valor do imóvel, além de taxas de juros significativamente mais baixas e condições de pagamento mais suaves. 

Em resumo, enquanto o SBPE é um sistema mais abrangente, sem subsídios e com foco em famílias com maior capacidade financeira. Já o Minha Casa, Minha Vida é uma política pública voltada à população de menor renda, com o objetivo de reduzir o déficit habitacional no país.

Leia também: Avaliação de imóveis: o que é, para que serve e como funciona?

Como contratar um financiamento SBPE?

Agora que você já sabe tudo sobre SBPE: significado, como funciona e as condições, confira abaixo os principais passos para contratar esse financiamento:

  1. A primeira coisa a se fazer é pesquisar pelos bancos que oferecem esse tipo de financiamento, considerando suas condições, como prazos de pagamento e juros.
  2. Para te ajudar a escolher o banco ideal para fazer seu financiamento, realize simulações de crédito para confirmar que as condições impostas fazem sentido para a sua vida financeira. 
  3. Após escolher a instituição, separe os documentos necessários. Normalmente, são exigidos RG, CPF, comprovantes de renda e residência, além de documentos do imóvel.
  4. Confirme a proposta e solicite o financiamento ao banco. Em seguida, a instituição analisará seu perfil e sua capacidade de pagamento.
  5. Com a verificação bem sucedida do banco, agora é só assinar o contrato e fazer o registro do imóvel no cartório. 

Viu como é fácil obter esse crédito? Apesar disso, todas as etapas devem ser analisadas com atenção e, claro, sempre de acordo com o seu orçamento real. Combinado?

E como já mencionamos, o Banco Bari pode ser a sua melhor escolha! Com o Barifin, na modalidade SFH, você pode ter um financiamento com até 60% do valor do imóvel e pagamento em até 20 anos — além de juros mais baixos e a possibilidade de usar seu FGTS e compor renda com até 4 pessoas. Faça uma simulação agora mesmo!

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